sexta-feira, 11 de junho de 2010

O que ainda não foi dito...

Momento de avaliar, e aí... Será que tudo que foi feito valeu apena e os alunos obtiveram proveito e foi significante para eles? Penso que no decorrer do meu estágio tentei fazer com que as curiosidades fossem sanadas, mas como não temos respostas pra tudo e os interesses mudam no decorrer do caminho, certamente nem tudo que foi pensado foi bem aproveitado, apesar de todo o empenho feito por mim e pelos meus alunos no processo de aprendermos juntos. Já dizia Sócrates “quando mais sei nada sei” Penso que o que valeu apena e que realmente vai ficar como boa experiência na cabecinha de meus alunos, foram os momentos prazerosos de brincadeiras e de cuidados, pois o que mais lhes chamou a atenção em toda esta caminhada foram o cuidado e cultivo na horta escolar e também a expectativa de levar o peixinho para casa no final de semana. O importante pra mim não é que meus alunos retenham o conhecimento, mas que esse conhecimento faça eco na sociedade e tenho certeza que os trabalhos realizados surtiram efeitos também na família. Fizemos coleta de material reciclável para realização de trabalhinhos e para vender em parceria com a fábrica, sendo que contávamos com a parceria dos familiares para trazerem este material. Também houve o desejo de cuidar de um animal de estimação e de cultivar uma horta entendo que a natureza e meio ambiente são recursos riquíssimos para aprender. Aguçar a curiosidade é um papel importantíssimos que o professor de Ed.I deve saber fazer, penso que tenho conseguido. O trabalho integrado com os projetos da escola também fazem a diferença, pois o projeto natureza e sociedade constante no PPP veio de encontro com o projeto somos curiosos. Quando temos cooperação e colaboração as coisas fluem naturalmente, mas mesmos que fluem ainda sabemos que muito temos a aprender...

terça-feira, 8 de junho de 2010

Inclusão

O objetivo primordial para qualquer criança de 5 anos entrar na escola é a inclusão social. Como com qualquer criança, é muito mais difícil progredir nas áreas cognitivas até que ela seja capaz de se comportar e interagir com os outros de maneira socialmente aceitável e entender e responder apropriadamente ao ambiente que a cerca. No inicio do ano eu estava encontrando uma dificuldade de incluir meu aluno com Síndrome de Dow, pois ele demonstrava muito dificuldade em aceitar esta forma de ser e de conviver na escola, embora já tivesse vindo do marternal do ano passado. Hoje vejo as coisas bem melhores, apesar de suas limitações na parte cognitiva tem aprendido muito com a convivência com os demais amigos. Muitas vezes ele fica feliz em agir como os colegas e geralmente os usa como modelo para o comportamento social apropriado e motivação para aprender. Este tipo de experiência social, quando existe a expectativa de que as outras crianças se comportem e consigam fazer coisas de acordo com sua faixa etária, é extremamente importante para as crianças com Síndrome de Down, que geralmente tem um mundo mais confuso e menos maduro social e emocionalmente. Mesmo assim, muitas delas precisam de ajuda adicional e apoio para aprender as regras para o comportamento social apropriado. Eu e meu auxiliar estamos fazendo o máximo para mostrar ao Kauã qual a melhor forma de agir perante determinadas situações, não gosto muito de usar a palavra modelo, mas com ele é necessário ter um "modelo". Vejo esta necessidade, pois quando volta de dias que fica em casa, demonstra atitudes bem insatisfatórias e não compatíveis com os padrões legais de boa convivência em grupo. Seria mais fácil se pudéssemos contar com a ajuda da família, para que em conjunto com a escola lhe ensinassem bons modos. Trabalhar para incluir somente com necessidades motoras e cognitivas não é tão dificil quando trabalhar para incluir as deficiências morais e sociais.

Pequena reflexão sobre minha caminhada como profissional

Reta final de estágio e fica a sensação de que foi mais uma etapa vencida com dedicação e busca por sempre estar aprendendo mais. De um modo geral sinto-me satisfeita com a caminhada que fiz neste período de estágio e também que venho fazendo desde o inicio do PEAD, pois sei que cresci muito, tanto no âmbito pessoal quanto profissional. Como pessoa, tornei-me mais curiosa e desacomodada, pois hoje estou sempre querendo saber mais e não fico parada esperando as coisas acontecerem, busco o que quero. E como profissional, foram tantas as experiências que vivenciei, pois me senti mais segura e com mais embasamento para experimentar o novo, mesmo que as pessoas me dissessem que não valeria apena, pois meus alunos ainda são pequenos e eu não viria resultados com eles. Penso que os resultados já estão visíveis em minha turma, pois são mais questionadores, mais curiosos, convivem melhor, pois se sentem parte do processo de aprendizagem e não meros expectadores. Espero que os melhores resultados ainda venham, pois a caminhada inicial sei que estou fazendo com dedicação desde a base inicial que é a educação infantil.